radio novo tempo

16 setembro 2010

Opinião: Os efeitos do divórcio na vida das crianças

Cada vez mais tem aumentado o índice de divórcios. A facilidade com que as pessoas casam e se descasam é espantosa. Antes, essa era uma condição rara e gerava preconceitos. Hoje, é comum e denuncia o quanto as famílias não estão conseguindo se sustentar como tal.
Tanto é assim que o estado vem intervindo mais intensamente no sistema familiar. Um exemplo disso é a lei da alienação parental. Leis como essa se devem muito provavelmente a constatação do quanto certas atitudes familiares têm prejudicado os filhos, inclusive interferindo negativamente no desenvolvimento emocional deles.
Em outras palavras, os filhos têm precisado do estado para protegê-los dos pais. Algo que se agrava quando há uma situação de separação conjugal, onde tal lei se faz mais necessária.
Um divórcio, por mais que seja desejado ou necessário, gera muito sofrimento. É um momento de mudança, em que determinadas coisas estão sendo deixadas para trás: objetos, sonhos, estilo de vida, o cônjuge (a quem um tempo se amou) etc. Quando isso acontece, vive-se um luto por aquilo que não se tem mais. Sem contar o ódio que surge por alguma atitude do outro, que deixa o casamento devido a uma traição ou por simplesmente não amá-lo mais. Não é fácil ser traído ou não ser mais amado.
A vida passa a ser outra. Salvo um período de ajuste, ela deveria ser melhor. Porém, muitos casais ficam presos em sua raiva e se esquecem de seguir em frente – resumem sua existência a prejudicar seu ex. E nisso entram as crianças. Por mais que os pais se preocupem com o bem estar delas, nem sempre estão em condições de ajudarem seus filhos por estarem presos em sua própria angústia.
Com isso, muitas vezes o casal fica se atacando, desqualificando um ao outro perante os filhos ou dificultando a convivência destes com um dos genitores (entre outras atitudes, essas estão no rol do que é chamado alienação). É comum, em casos de divórcio, os filhos sentirem ter que tomar partido entre um dos pais (muitas vezes ajudado pelo processo judicial), como se amar um seria cruel para com o outro. O que pode ser intensificado com o comportamento de alienação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário