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04 fevereiro 2010

Fortes chuvas em São Paulo já deixaram 74 mortos desde dezembro

O temporal deixou toda a capital em estado de atenção por aproximadamente quatro horas. Desde o começo do verão, 71 pessoas morreram no estado.

O temporal durou pouco menos de duas horas e deixou 38 pontos de alagamento. O limpador do para-brisa não vencia a chuva que veio forte e com ventos que chegaram a 60 km/h.

Logo, ruas alagaram. Moradores até que tentaram, em vão, limpar as bocas de lobo. A Zona Norte foi a mais castigada. A água tomou conta de uma das principais avenidas que dá acesso ao Terminal Rodoviário do Tietê, o maior da cidade. Carros ficaram praticamente submersos. Um passageiro teve que se refugiar no ponto de ônibus.

Outros pedestres resolveram se arriscar, como um grupo que andou com a água na cintura. Um homem caminhou um longo percurso no meio de muita sujeira. Motoristas ansiosos para chegar em casa também passaram pela inundação. Mas muitos mal conseguiram sair do lugar.

Quem estava na Marginal Tietê, que costuma ser o local mais congestionado na cidade no horário de pico, enfrentou filas ainda piores, intermináveis. Houve superlotação em algumas estações de trem e metrô, que foram fechadas.

“Eu estou há uma hora e 45 minutos. Lá embaixo está um horror, terrível”, conta a babá Márcia Rodrigues.

A ventania arrancou árvores pela raiz. Uma caiu no meio da pista expressa da Marginal. Outra atingiu os fios da rede elétrica. Houve curto-circuito e fogo. A área teve que ser isolada.

Em uma das alças de acesso da Marginal Tietê, uma grande árvore caiu, atingindo quatro veículos. Um homem que dirigia um dos carros chegou a ser socorrido mas morreu no hospital. Outras três pessoas ficaram feridas.

Pelo menos 42 árvores caíram em toda a cidade. Uma, além de bloquear a rua, derrubou a rede elétrica, deixando a região sem energia. Nas regiões Leste e Sul, a chuva foi tão forte que 12 bairros ficaram sem luz.

No fim da noite, vários semáforos continuavam sem funcionar. Os faróis dos carros parados no congestionamento iluminavam o caminho.

“Estou parado há três horas, não tem como passar”, reclama o taxista Paulo Crivelar.

No início da manhã, os problemas continuavam. Na Zona Leste, um deslizamento de terra interrompeu o acesso à Marginal Tietê. Muitos passageiros desceram dos ônibus e iam a pé até a marginal. Na região, o trânsito ficou complicado na Avenida Aricanduva.

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